Tragédias: a sensação dos telejornais.

Bom, depois de um bom tempo ter deixado este blog de lado (o que pode acontecer, quando não eu nãotiver nada de útil a falar e não pretender apenas acumular atualizações...) eis-me aqui.
Desta vez, venho a comentar outro fato curioso que repete-se frequentemente na televisão: os adorados desastres televisionados.
O atual é de um avião (não preciso comentar qual, todos estão cansados de saber).
Pois bem, não pensem que o autor aqui não se sensibiliza com tais acidentes e com o trauma que causam às famílias afetadas, e realmente desejo paz aos que perdem seus entes de forma tão repentina.
O foco sobre o qual pretendo comentar é o aparente incansável e insáciavel prazer sentido pelos telejornais em mostrar qualquer informação (ou muitas vezes, boatos...) sobre estes incidentes. Claro, concordo que é dever dos telejornais informar sobre estes fatos, entretanto, qualquer infíma suspeita de novidades no caso é amplamente exibido inúmeras vezes nas nossas telinhas. E como não fosse o bastante, caso não haja novidades no incidente, são chamados peritos, cientistas, pais-de-santo... qualquer um que possa distrair o público falando algo sobre a tragédia.
Mas nada me tira da cabeça que existem pessoas que adoram esse tipo de notícia, perdõem-se caso não concordem os senhores políticos. Ao meu ver, quando há uma tragédia, aparentemente a economia fica menos desestabilizada... os assuntos de Brasília perdem seu brilho... o mundo parece não ser movido a futebol... alguém concorda?
Sinceramente, me encomoda muito que tragédias façam com que os telejornais esqueçam o resto do mundo. Além de deixar a população desinformada sobre assuntos que muitas vezes podem ser extremamente interessantes para o nosso presente e futuro, deixa no ar a sensação de que o brasileiro adora se entreter com os desastres.
E o que resta às pessoas ávidas por notícias? Graças aos céus, existem jornais, informações pela internet, etc.
Lembrem-se: depois de 2 semanas falando sobre um único fato, os telejornais recuperam sua memória... ao menos até a próxima tragédia.

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